Piloto de parapente desde 1993. Iniciou a competição em 1995.

Campeã Nacional Feminina: 2002 a 2015
Renovação do título de Campeã Nacional: 2017
Classificação Geral Pré Europeu 2017: 12º lugar

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

27 Setembro
Hoje escrevo pela segunda vez, talvez para compensar o dia de amanhã, em que está previsto deslocarmo-nos para outro local de voo, e aí se passar o dia de competição até ao momento do jantar, oferecido pelas entidades locais.
Escrevo para vos transmitir que hoje bastantes pilotos estão descontentes por se ter voado nas condições de vento tão forte, como o que se fez sentir. Inclusivê falei com pilotos que me dizem ter aterrado com vento na ordem dos 40 km/hora, tendo sido pura sorte não ter havido acidentes.
Na minha perspectiva, enquanto piloto de asa de série, sinto que se fosse numa situação que não a de competição, teria chegado à descolagem, e em poucos minutos teria decidido dedicar-me a outra tarefa, a outro hobbie, a algo que me desse mais prazer do que estar a levar com rajadas de vento constante.
Constantemente ouço os “ pilotos – Lenda” – Richard Gallon, Stefan S., Américo S., e muitos outros pilotos, dizerem  que é no ambiente competitivo que se aprende muito, e que se cresce, enquanto piloto. Eu própria tambem o digo, há muitos anos, e sei que é assim, porque somos levados a querer superar aquilo que já sabemos, ou a fazer o que alguem está a fazer, e aprendemos muito mais facilmente, pela profusão de opiniões relativas a um mesmo tema...deve ser assim em muitos outros contextos de vida...
...no entanto, é tambem neste contexto, o contexto competitivo que muitas vezes os azares acontecem, e porque não nos contemplamos nas limitações verdadeiras que temos. Hoje estive muito tempo na descolagem a tentar perceber se, descolando, não estaria a ir mais alem da capacidade que eu, em conjunto com o meu equipamento tinhamos de controlar aquela condição de vento. Para alem de que o que eu hoje vi foi uma data de asas de competição – perfeitamente diferentes no glide e velocidade, comparadas com a minha asa de série, ou seja, muito mais eficazes- em formato de candeeiros, sem conseguirem avançar  pelos céus de Pamukkale.
Vá-se lá saber porque que descolei. Mas descolei. Sei que se não o tivesse feito, agora estaria com pena.  Mas tambem vos digo que de todas as vezes que descolei, ao longo desta prova, três vezes tive alguem a ajudar-me, com fisicos de verdadeiros Hercules – o próprio director de prova e o Ulrique, do Staff da PWC.
É uma questão para a qual não tenho resposta. Sei que a componente competitiva é importante para o desenvolvimento pessoal desportivo, mas sei que a capacidade de avaliação de cada um em cada momento é tão ou mais importante, e essa adquire-se ao longo da experiência...
Abraço

Silvia Ventura

2 comentários:

Bruno disse...

em reposta ao teu opmek ... öpücük para ti, muitos!! (beijos)

Estamos e voamos sempre contigo!!

Bruno

Anónimo disse...

Ganda Silvia...
...
flai seife sempre