Piloto de parapente desde 1993. Iniciou a competição em 1995.

Campeã Nacional Feminina: 2002 a 2015
Renovação do título de Campeã Nacional: 2017
Classificação Geral Pré Europeu 2017: 12º lugar

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

27 Setembro
6ª Manga Super Final da Taça do Mundo – Denizli

Alô a todos,
Por aqui está tudo bem. A descolagem de hoje foi a descolagem do platô mais baixo, por a previsão de vento ser, inicialmente entre 5 a 10 nós, passando para 15 a 20 nós para a tarde. Tecto previsto de 2400m.  Com estas previsões foi desenhada uma manga de 72 km.
Mais uma vez o momento da descolagem foi sempre com a presença de vento forte, e não são ciclos térmicos, é mesmo vento, e quando acompanhado de térmica torna-se impossível descolar.  Hoje então pensei várias vezes que tenho negado convites para ir aos locais de Cross Country habituais do Brasil, por serem considerados locais muito ventosos, mas aqui neste local tenho estado a ganhar, com certeza, “balanço” para uma visita ao Brasil...ainda para mais porque ouço os meus colegas brasileiros queixarem-se do vento em demasia, tambem. Lá, pelo menos é sempre a somar km, pelo menos assim parece.
Assim que descolei, subi na vertical uns 100metros, e andei a 3 e a 8 km para a frente. O dia, apesar de ventoso, não estava turbulento, e tentei fazer a primeira parte da prova, muito a custo, sempre com praticamente um só digito de velocidade, o que é, francamente mau.
Dutrante todo o periodo de tempo do meu voo, as intervenções dos pilotos em voo, a informar o Director de Prova das condições aérias foram, de um a três níveis de segurança, repetidos várias vezes o nível 2 de segurança, entre outros pilotos que referiram tambem o nível 1.
Aterrei em segurança, e sem problemas pelo pé,  e aterrei na vertical, por vento forte.
Pouco tempo depois tive a Orlane (França) tambem a aterrar junto de mim, super triste por não conseguir voar a manga. Vi outros pilotos tambem aterrados, todos se queixaram do mesmo – Componente vento –
Eu tambem estou triste porque cada vez mais percebo que dificilmente farei algo melhor  do que até ao momento, pois a condição prevista é sensivelmente igual para os restantes dias...como tal, estou a ver como vou convencer a organização a atribuir um prémio ao último piloto classificado. J
Não tenho referido a alimentação, mas tem sido precária. As sandes fornecidas pela organização são com batata e uns fritos, mas houve um dia de verdadeiro manjar na descolagem, com carne feita no local, arroz, vegetais e fruta. Mas foi só uma vez.
Soube então que há uma senhora japonesa que faz para a equipa japonesa umas bolas super espectaculares de arroz envolto numa alga e que depois as enrola em fita adesiva de cozinha. Fui pedir para me fazer tambem. Mas a primeira investida fui completamente despachada com uma negativa, ao que eu agradeci à mesma com as mãos em sinal de veneração e a dizer “ArigatÔ” “Arigatô”.
Devo ter impressionado a senhora asáitica, porque no dia seguinte tive a Keiko e a Seiko e ainda outro piloto japonês a dizerem-me que se eu quisesse as bolinhas, mas sem a alga, para as ir buscar. E assim fiz. E ainda me deu uma outra bolinha mais pequena, de arroz corado, e todas as que comi são simplesmente maravilhosas. Dentro da bolinha foi colocado peixe, ao que percebi poder-se-á colocar o que quisermos e é uma excelente forma de levarmos energia para comer no momento prévio ás descolagens.
Aqui fica a imagem de hoje : as bolinhas de arroz (envoltas em alga, se quisermos, e com o conteúdo que quisermos)

Opmek (julgo que é beijos)

Silvia Ventura

1 comentário:

Miguel Ferrand disse...

Olá Sílvia;
As classif. de hoje reflete bem as condições de voo e o nível de comp.Escreves uma grande página da História da nossa modalidade e a experiência fica para todos aprenderem.
miguel Ferrand